quarta-feira, 2 de maio de 2012

E eu não quero.

  Por Vitalina de Assis.



Não me solicites pressa quando tudo em mim é espera
quando tudo em mim é sangue
correndo a irrigar segredos
quando tudo em mim
pulsa desejos
que não podes sequer conter. (E eu não quero sossegar)

Não me solicites calma
não podes deter águas que se movem
livres
repudiam limites
e gozam na cara
o fogo que tem prazer em engolir. ( E eu não quero sossegar)

Tão logo venhas
aquieta-te
após romperes tu também
com teus limites. (E eu não quero sossegar e me obrigas)
 

9 comentários:

  1. Lindo querida! O corpo e o coração são cúmplices neste querer e nesta doação.Escrevestes lindamente.Encantei-me.
    Bjs Eloah

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  2. Os alentejanos tinham vagar
    O Adão tinha pressa
    Por isso perdeu o lugar
    Respondeu a Eva!

    Não foi para despistar
    Nem segredos esconder
    Me lembrei de o comentar
    Depois deste lindo poema ler!

    Boa quinta-feira,
    Um beijo
    Eduardo.

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  3. ...depois novo parágrafo
    ou mais duas palavras
    pra iniciar as reticências...


    beijo

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  4. Não há pressas mas o tempo urge!
    O amor... sempre o amor lindo!

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  5. O gozo é alento para corações descompassados.


    Um beijo

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  6. Comentário de Luiz Mário da Costa em 17 abril 2012 às 13:55
    (Transcrito da minha página, na Casa da Poesia que foi desativada.)

    - eu também não rsrs. Se sua poesia tivesse asas já estaria na minha montanha, aliás, desculpe, qual poesia não tem asas, viaja o mundo inteiro e retorna sã. Decorre que seu poema tem asas especiais feito asas de águia, aí pode vir tempestade, terremoto, maremoto, tsunami; que jamais abalará a estrutura dos teus vocábulos: "não podes deter águas que se movem/livres/repudiam limites" versos dotado de maestria. Linda poetisa, que ao universo encanta com sua alegria e seu versar, feito encíclicas de poemas e mais poemas e mais poemas.

    Mário Bróis...

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