Por Vitalina de Assis.
Bobagem
pensar assim,
bobagem incluir o outro em nossas únicas e por vezes, descabíveis expectativas. Não se soma quando não há o que somar, mas se divide completamente o nada, ironia de quem não tem o que compartir. Cansei deste vácuo que ostentava título de propriedade, fingia-se "pertenço", falsa unidade pareada. Se na conjugação carnal, os dois uma só carne mentira absoluta - os dois, "únicos", extremos periféricos, inatingíveis!
Bobagem,
não tem um dia sequer em que não pense nele, não tem um segundo que não o deseje e não tem um milésimo de segundo "eterno", em que eu não acredite que possa acontecer, que talvez mereça.
Bobagem
achar que pode ser uma história de amor emaranhada e que eu tenha a missão de desembaraçá-la.
A tristeza deseja caminhar a meu lado, eu apresso os meus passos e ela se cansa, então descanso eu e ela me alcança. Sussurra hipnoticamente ao meu ouvido , por pouco não me envolve em seu mantra, no entanto por um descuido, por achar me ter nas mãos, desconcentra e solta-me. Me solto, pois compreendo que a incerteza não é produtiva, é uma esfomeada que não se farta, mas não é forte o suficiente para as rédeas nas mãos, reter.
Descobri que a alegria é chave que abre portas, que conquista, que produz resultados e entre apegos da tristeza, é clarão repentino, a porta que se abre. Exatidão matemática? Pode ser que sim, pode ser que não! O resultado, no final das contas, dirá.