Por Vitalina de Assis.
A Páscoa nunca deixará de trazer à nossa memória o maior e mais
importante evento do Cristianismo: a morte e ressurreição do Senhor Jesus
Cristo, e de quão gratos devemos ser por tamanho sacrifício, entretanto, quero
caminhar por outra faceta da mesma e dialogar com você. A
Páscoa foi instituída quando Israel era escravo na terra do Egito e, quando
as medidas desta escravidão já não comportavam mais uma nação, clamaram por
liberdade.
Tudo na vida possui uma medida e é no
transbordar destas medidas, sejam elas aparentemente saudáveis, ou
aparentemente enfermas é que visualizamos a possibilidade do êxodo. Deixar uma
vida de escravidão para trás e se lançar para uma vida de liberdade não é
fácil, tampouco confortável. Os pensamentos e atos, supostamente livres, não
sabem exercer a autonomia, não foram treinados para isto e se não formos
ligeiros, atar-se-ão novamente ao antigo feitor. Ciente deste
comportamento nocivo à liberdade, os israelitas receberam de Deus uma
orientação a ser seguida à risca, pois disto resultaria o sucesso do êxodo.
“Desta maneira o comereis: lombos
cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa
do Senhor.” (Êx.12:11)
Não entrarei em maiores detalhes,
basta dizer que deveriam se alimentar de um cordeiro sem mácula por família e
que não deveriam fazê-lo em festa, em uma mesa bem posta e com tempo
aprazível para degustar tal banquete. Deveriam comê-lo já preparados para
“bater em retirada”, vestidos apropriadamente, sandálias em “punho”, cajado
(instrumento indispensável para a grande travessia) e à “pressa”.
Ôpa! Não é a pressa a inimiga da
perfeição? É o que dizem e é no que a maioria acredita e alguns
seguem pela vida entoando o mantra: “Ando devagar porque já tive pressa”, veem
seus dias arrastando-se lentamente e quando se dão conta.... sobra-se então
vacilo, desistência, comodismo, inaptidão para romper e uma vida à margem da
plenitude.
Aquela nação escrava não poderia
correr o risco de ser seduzida pela escravidão e abrir mão da liberdade, que a
Páscoa acenava-lhes. Quantas “páscoas” ainda teremos que vivenciar para enfim,
sairmos do cativeiro? “Comê-lo-eis à pressa, é a Páscoa do
Senhor”.
Suas medidas estão transbordantes?
Ser refém desta situação já é quase impraticável? Alie-se à “pressa” e perceba
que os seus dias, estão repletos de oportunidades e muitas delas significam deixar
velhos hábitos que nos escravizam, abrir mão de zonas de conforto que estão
mais para momentos de guerra civil, e optar pelo pleno exercício de nossa
autonomia - o caminho para uma vida de liberdade.
Por vezes precisamos nos libertar de
alguns pensamentos nocivos, opressores, que nos mantêm cativos em lugares
incomuns, sem a menor possibilidade de ascensão e progresso. Páscoa
também é isto - o momento ideal para fugir rapidamente de
situações que nos oprimem.
Linda!
ResponderExcluirPerfeita reflexão!
Sempre bom ler você!!
Gratidão, amada!! Saudades!!
Uma Páscoa de paz, amor e luz!! 💛🌻
Linda!
ResponderExcluirPerfeita reflexão!
Sempre bom ler você!!
Gratidão, amada!! Saudades!!
Uma Páscoa de paz, amor e luz!! ����
Este seu texto é uma excelente reflexão…
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.