Por
vitalina de Assis.
Não é
o pensamento que anda disperso em asas incansáveis.
É o ser, que deseja diluir, escapar pela pele, volatizar ao ar,
entretanto, tal ser é uma angústia que dilacera o peito, desconforta a alma, turba o olhar como se o próprio desejasse nada enxergar daquilo que aos olhos salta, e embora fira internamente as paredes do corpo, é no coração que faz sentir-se como o sol que faz secar e estalar, mas que não cumpre, neste órgão pulsante, seu primário dever.
Desejo diluir,
escorrer liquidamente
É o ser, que deseja diluir, escapar pela pele, volatizar ao ar,
entretanto, tal ser é uma angústia que dilacera o peito, desconforta a alma, turba o olhar como se o próprio desejasse nada enxergar daquilo que aos olhos salta, e embora fira internamente as paredes do corpo, é no coração que faz sentir-se como o sol que faz secar e estalar, mas que não cumpre, neste órgão pulsante, seu primário dever.
Desejo diluir,
escorrer liquidamente
transparente,
invisível.
Imperceptível, assim me sinto.
Sentir-se desta forma é um desconforto que possui mãos e braços, apropria e abraça. Desta servidão e deste abraço abriria mão, se, em outros braços e abraço diluir pudesse este ser hospedeiro que não sou eu, mas que finge ser. E eu, sem fingir, sou tudo isto que desejo exorcizar em uma escrita aleatória que possui ânsias de visibilidade na mesma proporção da imperceptividade, que não escorre liquidamente,
invisível.
Imperceptível, assim me sinto.
Sentir-se desta forma é um desconforto que possui mãos e braços, apropria e abraça. Desta servidão e deste abraço abriria mão, se, em outros braços e abraço diluir pudesse este ser hospedeiro que não sou eu, mas que finge ser. E eu, sem fingir, sou tudo isto que desejo exorcizar em uma escrita aleatória que possui ânsias de visibilidade na mesma proporção da imperceptividade, que não escorre liquidamente,
transparente,
invisível.
Imperceptível expande no peito que se por hora não explode, pode implodir com tudo que sou.
Imperceptível expande no peito que se por hora não explode, pode implodir com tudo que sou.
Imperceptivelmente as palavras fazem-nos ler e reler o poema: "Não é o pensamento que anda disperso em asas incansáveis.
ResponderExcluirÉ o ser, que deseja diluir, escapar pela pele, volatizar ao ar,
entretanto, tal ser é uma angústia que dilacera o peito... "
Gostei. Beijo.
Oi Graça.
ExcluirFico feliz que tenha gostado. Volte mais vezes.
Obrigado.
(Tomo a liberdade de transcrever este comentário de Luiz Mário da Costa em 1 abril 2014 às 20:55 - em minha página Casa da Poesia)
ResponderExcluir- Adentrar no seu universo poético é conhece todas as vertente de uma literatura que nos é cara admirar e adquirir. Não conheci os deuses do Olimpo mas detesto todos eles, mas tenho um apego enorme pela literatura Nórdica, os escandinavos souberam muito poetar, talvez Pero Vaz de Caminho e Luiz de Camões estejam muito distante de se equiparar as sagas nórdica; mas vc Vitalina é uma poeta que tem o meu apreço e minha admiração.
..
Caro Brós,
ResponderExcluirComo sempre, muito generoso em seus comentários.
Abraços.