terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Irreal.

Por Vitalina de Assis.





Não sabia dizer o tempo sem olhar as horas,
não compreendia porque estava deitada naquele piso frio e se
sentia tão quente,
tão aquecida.
Não entendia as marcas das mãos,
do abraço,
não compreendia o gosto do beijo,
e a sua entranha
não seria capaz de descrever a intensidade com a qual fora possuída.

Entretanto,
sabia perfeitamente que o Irreal rompera como
ela,
com as  fronteiras que o separava do real.
Fora possuída,
não por sonhos,
não por desejos apenas.

Encolhida? Rendida? Presa fácil?
Rendida sim,
subjugada jamais.
Sua ânsia de ser possuída  despossuiu todo o recato
não houve espaço para o sóbrio, para o sensato.

O que se viu foi arroubo,
desacato,
irreverência,
despudor total...

O que era secreto,
revelou-se,
O que estava oculto,
surgiu na escuridão,
O que estava reprimido,
explodiu embebido em magia e fascínio...

E uma mulher comum,
que vivera gôzos tão inexpressivos em toda sua vida,
viu-se arrebatada em puro êxtase... Não havia limites.

Seu gozo expandiu-se
rompeu as raias do imaginário
fez tremer
e gemer toda sua carne.

                                                                    Um italiano saído de um chat,
                                                                 esteve ali e a fez mulher, fêmea plena.



12 comentários:

  1. sinônimos de felicidade...


    adorei!!

    beijo

    ResponderExcluir
  2. É sempre um encanto passar por este blog e me deleitar com suas maravilhosas palavras!

    Bj

    ResponderExcluir
  3. Deitada permanecia,
    Enquanto o tempo passava
    No piso frio e quente se sentia
    O que seria, que ela pensava.

    Triste sem alegria,
    Talvez, fosse essa a razão
    No gozo imaginaria
    Ou dor em seu coração!

    Desejo um noite muito feliz para você.
    um abraço
    Eduardo.

    ResponderExcluir
  4. E que mais da vida senão o êxtase de a viver penamente?
    E que mais do êxtase, no êxtase do amor?
    Só o êxtase de saborear os minutos que nos guardam no silêncio das horas, em êxtases de saudades.
    Mas , oh, maldição! O êxtase...instantes apenas! Mas enquanto existe...vai-se a solidão...
    Lindo Vi.
    Parabéns!
    Grande abraço

    ResponderExcluir
  5. Que poema fortíssimo!
    E quanta beleza ele encerra!!
    Muitos e muitos parabéns.

    ResponderExcluir
  6. Lindamente versejado, belamente escrito!
    Adorei!
    Beijos.

    ResponderExcluir
  7. Boa vindas escancaradas lá no blog \o/
    E vamos ser felizes, real ou surrealmente :)

    “Florescer livremente – eis minha definição de sucesso.”
    Gerry Spence

    ResponderExcluir
  8. .


    O verdadeiro amigo não é o que
    diz a verdade, mas o que o ou-
    tro quer ouvir.

    Te amo, amiga.

    silvioafonso







    .

    ResponderExcluir
  9. Muitas vezes o "irreal" é tão real...e nos preenche de nós mesmo, de prazeres e de um sentir imenso.

    ResponderExcluir
  10. Vi,

    Saudade!!!

    É tarde e resolvi te visitar!!!
    Entrei e li aquela bela poesia com a foto da mulher abraçada a si mesma, como se estivesse no ventre- assim que eu gostaria de estar!!!
    Li o texto ( a poesia) Linda!!!
    Tentei colocar lá meu comentário, mas não consegui. Já ia desistindo, quando esta janela se abriu!!! Sem saber de qual texto, estou escrevendo....
    Já é tarde..
    Preciso "nanar" , mas...

    "QUE FOTO !"
    "Que texto!!"

    Continuo carente, mas com a alma, mais uma vez, alimentada por você!!!

    BJOOOOOOOOSSSSS

    ResponderExcluir
  11. Comentário de Anderson Balderrama dos Reis em 8 novembro 2011 às 17:50
    (Transcrito da minha página, na Casa da Poesia que foi desativada.)

    Isso que é admirável nessa casa da poesia, cada um dos poetas tem um ângulo de visão deferente e consegue ver na mesma imagem, cenas tão diferentes.
    Você foi muito feliz e talentosa no seu texto.

    ResponderExcluir


Queridos!

Seu comentário muito me honra!

Sinta-se à vontade para avessar comigo.

Beijos e até.