Por Vitalina de Assis.
Seria o natal um momento oportuno apenas para presentear, gastar, encher de pisca-pisca árvores e telhados, reunir familiares e comer... beber... e comer de novo? Viveríamos em uma eterna infância se o víssemos apenas com olhares infantis que brilham ante a possibilidade de se empanturrarem de presentes. Alguns adultos são assim, brilham olhos, brilham ideias, brilha a carteira ao conjugar o verbo gastar sem nenhuma parcimónia.
Outros, ao verem o natal apenas como o “Senhor Comércio” que tenta obrigá-los a prestar adoração a todo custo, cobrem-se com as vestes do ateísmo e recusam-se a ceder a toda e qualquer forma de aliciamento e então, se fecham em copas, fecham as mãos e se escondem entre muros, paredes, dentro de si mesmos.
Felizmente ainda há os que veem no natal, a possibilidade de suavizar linhas de expressão que foram sulcadas ao longo do ano nas relações com parentes, amigos, com o planeta. É impossível vivermos 365 dias no ano e não semearmos um desafeto aqui, ali e acolá, ou não sermos ríspidos e insensíveis, ou injustos em nossos julgamentos. Faz parte da natureza humana desagradar quando na realidade gostaríamos de agradar o tempo todo, entretanto, no natal é possível ceder aos encantamentos que sua “magia” nos proporciona. É possível sermos agraciados com o dom mais sublime ao qual temos acesso. Podemos perdoar, transitar pelos sulcos que estas linhas de expressão delinearam e atenuá-las , quem sabe até eliminá-las (me pergunto se isto seria possível de fato, pois algumas marcas insistem em ficar como se a ferro e fogo tivessem sido cravadas) retendo apenas o que aprendemos, o que nos faz crescer, pois perceber erros e tentar corrigi-los é o que faz a verdadeira diferença.
Sábio é quem aproveita e percebe que a atmosfera natalina é muito mais que presentear. Natal é tempo oportuno para zerar as diferenças, refazer um caminho “viciado”, “recorrente” e seguir por outra bifurcação, abrir novas estradas, ou quem sabe pequenas trilhas norteadoras. O segredo é deixar-se encantar, ceder à magia.
O que dizer dos orgulhosos, empedernidos que não se abrem para oferecer e receber perdão? E quanto aos muitos que não cedem a um abraço amigo e sequer aceitam recomeçar de novo? Nada a fazer, senão esquecer o medo de ser feliz e apostar que, ainda que o outro não ceda ao seu abraço, à magia do natal, ao presente "dar-se", o que realmente importa é que o primeiro passo foi dado, e cabe ao espírito natalino, à magia ao qual referi-me acima, selar o acordo.
Concordo com você Vitalina. Mesmo aqueles que dizem não ligar para o natal, que consideram o natal uma data comum, lá no fundo sentem uma angústia por não compartilharem desse espírito mágico que contagia. Todos, no fundo se sentem sensibizados. Alguns esperam presentes,outros comida na mesa, alguns, perdão, uma visita, abraço quem sabe.
ResponderExcluirUm feliz Natal
Ótimo texto Vi, o natal tem de ser uma data mágica, onde o perdão, a compreensão são linhas fundamentais a ser traçadas . :)
ResponderExcluirAmo-te lindaaa :) Feliz Natal pra vc e sua familia!
Perfeita a sua colocação! Natal simboliza nascimento e por isso mesmo é o momento certo de encerrar um ciclo e começar um outro.
ResponderExcluirBjs.
Erica
Este texto é perfeito para refletir o verdadeiro sentido do natal, muito além de presentes e luzes pisca-pisca.
ResponderExcluirFeliz Natal!
Bjs.
Ana Paula.
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ResponderExcluir..e viva o aniversariante!
silvioafonso
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