terça-feira, 21 de maio de 2013

Vemelho e preto.

Por Vitalina de Assis.




Seu pequeno corpo era uma imensidão
a colorir o verde desbotado, ressequida sombra
vermelho e preto
sobressaindo-se,
contam sua estória

Ao ordenar do vento
impossível era ficar assim
contemplativa
um detalhe
um ponto colorido a fazer diferença
Algumas vezes
impelida de um lado a outro
suas asas transparentes e pequenas
eram absolutamente fortes para um ir e vir ...

e

embora regida pela força do  vento
fingia ser seu o movimento
Não submeteu-se nesta manhã
e sob ordens pessoais
aquietar-se foi seu mais absoluto querer
nada devia ao seu silêncio
mergulhou em um oceano sem fala
imóvel
nenhuma onda ousou quebrar-se em seu quieto
e silencioso mar.

Mergulhou em pensamentos
vermelho e preto
o beje
mesclando
um corpo intenso
asas transparentes,
finas,
recolhidas em sua imobilidade imperturbável.

Ontem voou sem destino
forçaram sua rota
sem o poder da escolha
deixou-se

entretanto 

dizia a si mesma:
Amanhã nenhum sopro a forçar
Esperou que amanhecesse sua vontade
seu desejo de ficar por ficar
ancorar no silêncio e na ausência do vento
um ponto
vermelho e preto

mesclando suavemente o beje
em outra vida
sua presença marcou.

7 comentários:

  1. Olá Vitalina, e que tudo esteja bem!

    Passando para ler mais este teu escrito, e admirar esta bela imagem também. Sentir nas palavras toda a tua sensibilidade e intensos sentimentos expressados, parabéns pelas belas postagens!

    E também aproveito para informar que indiquei você em como disse a Lisy, um "meme" para você responder a perguntas e indicar outros amigos também.
    Passa lá no sotblog para saber mais detalhes, obrigado!

    E assim grato por tua amizade e visitas eu desejo que teu viver seja sempre de intensa felicidade, abraços e até mais!

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  2. às vezes tento me deixar levar..
    sair da minha folhinha verde e enfrentar os ventos do dia a dia..

    bjs.Sol

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  3. Comentário de Renato Baptista em 1 outubro 2012 às 19:47
    (Transcrito da minha página, na Casa da Poesia que foi desativada.)

    Vermelho e preto pousado sobre a poesia, com maestria... o clímax esta aqui:
    embora regida pela força do vento
    fingia ser seu o movimento

    Você nos brinda, a todos, com mais um belo poema nascido de um momento/imagem.

    Beijo* amiga

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  4. Comentário de Wagner Marim em 2 outubro 2012 às 1:25
    (Transcrito da minha página, na Casa da Poesia que foi desativada.)

    Vitalina seu poema virou um tratado, muito inspirado.

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  5. Comentário de Márcia Fernandes Vilarinho Lopes em 2 outubro 2012 às 13:24
    (Transcrito da minha página, na Casa da Poesia que foi desativada.)

    E marcou em cada coração poeta! Lindo, "Vitalina". Beijos

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  6. Comentário de Mª do Rosário Nascimento Araujo em 2 outubro 2012 às 19:21
    (Transcrito da minha página, na Casa da Poesia que foi desativada.)

    Uma viagem o seu poema...Nos convida a seguir com ele...Adorei!

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  7. Comentário de Luiz Mário da Costa em 16 outubro 2012 às 12:27
    (Transcrito da minha página, na Casa da Poesia que foi desativada.)

    - um encanto seus escritos. É texto como esses que percebemos o manancial que reina em inspirações dentro do tua alma transposta para tua caneta tão digna de tuas belas mãos de poetisa..

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