quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Notas musicais.

Por Vitalina de Assis.






Todos os dias enfrentamos momentos diversos: alguns felizes e saltitantes, outros tranquilos como passos em viçosa grama e ainda outros, densa areia molhada. Nos felizes e saltitantes poucas marcas deixamos pelo caminho, pois ficamos mais nos ares do que em terra firme. Na viçosa grama, tapete divino, sentimos cócegas nos pés. Sorrimos felizes e gratos ao vê-la curvar-se reverentemente quando a tocamos. Em densa areia molhada,  como se afundássemos, pesam nossas pernas e pés. Pedimos colo aos céus.

Das alegres e saltitantes, as marcas que ficam,  por pouco não  as perdemos em dias densos. Das que por segundos ficaram pela grama  esquecemo-nos o roçar do riso, embora a gratidão nos acene timidamente. Em densa areia molhada,  quase exauridos, erguidos somos por Deus. Compreendemos assim,  pernas e pés hábeis.

Ao olharmos  para trás  visualizamos uma trilha desenhada, um traçado firme que tornou-nos não apenas fortes, mas seguros, confiantes. As marcas tornar-se-ão guia e conforto aos que por nossas trilhas vierem a transitar. (Esteja certo disto.)

De todas as lembranças guardadas e de outras tantas que teremos à nossa frente para dar abrigo, permanece a certeza de que todas elas, notas alegres ou tristes compõem a melodia da nossa vida. Entre sons e silêncios, seguir e aportar, que seja harmônico nosso existir.


11 comentários:

  1. e para que a harmonia seja completa,
    o maestro tem que saber o tom da orquestra,
    antes mesmo dela se formar..

    gostei daqui

    bjs.Sol

    ResponderExcluir
  2. Sem dúvida, todos esses passos ajudarão a compor a música e estarão gravados na partitura
    da vida.

    Bjs.

    ResponderExcluir
  3. ...é preciso saber viver um dia de cada vez e atenta aos detalhes.

    saudades de tu.


    beijao

    ResponderExcluir
  4. Um barco parado no cais de espera
    Amarras soltas do frio ferro
    Uma gaivota adormeceu sem penas
    Uma criança chora no meio do aterro

    Cheio de penas amarro a alma
    Uma saudade arrocha meu peito
    Sou um caçador de nuvens breves
    Um romântico sem ponta de jeito

    Um barco de papel perdido do norte
    Roseira plantada num campo de pedras nuas
    Uma casa perdida da sua cidade
    Um labirinto feito de mil e muitas ruas


    Doce beijo

    ResponderExcluir
  5. Todos os dias acrescentamos uma nota na pauta onde escrevemos a melodia da nossa vida...

    Beijos,
    AL

    ResponderExcluir
  6. .


    Ah, se os contrastes não existissem...
    Ah, se a tristeza não tivesse a alegria
    como referência, o que seria de mim, de
    ti, de nós? E a mulher, o homem, o preda-
    dor e a caça, se um não existisse o que
    seria do outro?
    - silvioafonso aceita o Manuel, o Antô-
    nio ou sei lá que nome teria o meu pre-
    tendido se não existisse a doçura da
    mulher para me envolver nos seus braços
    e perfumar a minha face com o macio dos
    seus seios? Seria um inferno, você me
    diria. Seria impossível amar o feio(a)
    se o encantador(a) estivesse por onde
    andassem os meus pés.

    silvioafonso






    .

    ResponderExcluir
  7. Minha querida

    Passando para agradecer a visita carinhosa e as palavras...estou seguindo e passarei mais logo para ler este texto, não gosto de comentar sem ler.

    Um beijinho
    Sonhadora

    ResponderExcluir
  8. olá querida!

    maravilhoso,perfeito...!
    "De todas as lembranças guardadas e de outras tantas que teremos à nossa frente para dar abrigo, permanece a certeza de que todas elas, notas alegres ou tristes compõem a melodia da nossa vida. Entre sons e silêncios, seguir e aportar, que seja harmônico nosso existir."

    levo comigo essas ricas e sabias palavras!
    parabéns!

    PS:obrigado pela visita e desculpa
    pela ausências mas retomei alguns projetos guardado.

    ResponderExcluir
  9. .


    Continuo gritando na beira deste
    precipício. Gosto de sentir o vento
    lambendo a minha cara e este cheiro
    de perigo, da morte brincando comi-
    go. A tensão que agita o meu peito
    ensurdece o meu grito só pra ninguém,
    além de ti, me ouvir, me escutar cho-
    ramingando a tua ausência.

    silvioafonso





    .

    ResponderExcluir
  10. Vi!
    Como assim, eu não ter lido esse texto? Como assim eu não ter comentado? PERFEITO!

    "Entre sons e silêncios, seguir e aportar, que seja harmônico nosso existir." Esse é o meu desejo, sempre! Que a melodia apesar das notas tristes faça bem aos meus sentidos.

    E a vida o que é além dessa alternância de sons e silêncios? Eu descobri, de uma forma solitária, que não há nada que exista aqui ou em qualquer lugar sem a coexistência - nem sempre pacífica, é verdade - dos contrários. Só assim conseguimos conhecer as alegrias e as tristezas.

    Amo tudo aqui!

    Beijos nossos, querida amiga!

    ResponderExcluir
  11. Hola querida amiga keka.

    Tenho andado envolta em silêncio, e ainda não consegui discernir se tem sido uma coexistência pacífica. O que sei é que me força a entrar em uma zona nada confortável.

    O silêncio por hora cansa e desanda a gritar, adora se fazer ouvido em berros. Estou na expectativa.

    Te devo mil visitas no seu Universo, mas acredite, me cobro todos os dias.

    Bjs amiga! Te encontro lá, prometo.

    ResponderExcluir


Queridos!

Seu comentário muito me honra!

Sinta-se à vontade para avessar comigo.

Beijos e até.