sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Não precisou implorar.

Por Vitalina de Assis.




 


Este dia poderia ter começado e terminado como sempre começam e terminam seus dias... Normais, enfadonhos. Sua excitação  misturando-se ao oxigênio e alguns poucos machos sentindo isto na pele e no olfato, no entanto estava claro para ela e isto via-se no seu olhar e gestos que ele seria inusitado, incomum, diria até, despudorado, safado!  

Este dia abrasava, roçava em suas pernas, fazia arder suas entranhas, convidava para o prazer...

No banho percebe suas mãos com vida própria. Na nuca deslizavam apenas as pontas dos dedos. Redesenhavam o contorno do seu pescoço, perdiam-se atrás da orelha e seus dedos ousadamente penetravam em seus ouvidos, um após o outro, e cada um deles gemiam. Gemiam desejo, gemiam paixão.

Agora contornavam seus lábios penetravam em sua boca e eram bem vindos. Entravam e saíam, eram mordidos, lambidos, chupados com violência e esquecidos como se precisassem descansar e aguçar sua imaginação...

Descansados e ousados pressionavam seus mamilos, desciam até seu umbigo, subiam novamente. Lentamente, mais pressão, iam e vinham, tinham pressa.

Novo descanso. Pararam sobre a sua vagina. Excitava-se ao olhar.

Não entendia esta vida própria que os possuía, mas deliciava-se aos vê-los em um movimento ousado e não podia mais conter seus gemidos, seu desejo, sua tara.

Abriu suas pernas de forma provocante e implorou para ser penetrada...

Mas o que é isto? Não se mexem mais? Que desejo é este que imprimem em mim e que se negam a satisfazê-lo? Que louca brincadeira é esta? Não vão me possuir? Excitam-me, me alucinam, se insinuam, me provocam a ponto de perder minha racionalidade e o domínio sobre minhas emoções e simplesmente se vão?

Sua respiração ainda estava ofegante, seu coração batia descompassadamente, seu sexo em chamas e sua mente perdida na fantasia do não acontecido, tenta em vão racionalizar e entender o que se passara.

Ouve a campanhia...

Violentamente é arrancada do seu devaneio. Odeia esta intromissão e insanamente, sem sequer cobrir-se com a toalha, vê-se diante da porta, sua mão gira a chave, toca na maçaneta e abre-a...

Aquele estranho homem com um fogo nos olhos que queima seus lábios, estende sua mão direita, toca na sua nuca e puxa-lhe para um beijo. Nunca sentira um beijo como aquele, doce, suave, envolvente e com tantas nuances e movimentos.

Escuta a porta bater, a chave girar. Seu corpo nos braços daquele que cheira a desejo é envolvido por um abraço que há muito não sentia. Ele move-se livremente e parece conhecer aquele espaço. Estão no quarto, sobre a cama. Abre suas pernas, não precisou implorar.




3 comentários:

  1. Noooosa! Olha não dá pra deixar de pensar no que te levou a escrever algo tão quente... Até fiquei excitada!(rsrs...)Brincadeiras à parte, acho que este é um momento pelo qual muitas mulheres passam. Desejos ardentes...

    Beijos

    Malu

    ResponderExcluir
  2. .

    Meu marido chegou a casa com uma garrafa de vinho. O seco era o meu preferido e disso ele sabia. Chegou, deu-me um beijo e entrou para o banho. Coloquei sobre a cama o seu paletó enquanto, com a garrafa de vinho entre as minhas duas mãos, lembrei do último natal em que passamos na casa de outro advogado, amigo nosso: Nós chegamos àquela festa por volta das 22h e o Alex, nosso amigo, com a esposa, veio à porta nos receber. Às quatro da manhã os últimos convidados deixaram a festa, foram embora. Nós ficamos para mais um gole, mas o Bernardo que não tinha largado o copo desde que chegara não transmitia condição alguma para dirigir. Pedi ao Alex que nos levasse a casa, mas ele insistente, nos convenceu a ficar, já que o seu apartamento era grande o bastante. Dayse nos mostrou o quarto e voltamos para mais uma taça de champanhe. Trocamos beijinhos e voltamos aos nossos aposentos. Meu marido tomou uma ducha antes de se deitar e eu, sem pressa, prendi os cabelos, escovei meus dentes e lavei cuidadosamente todas as dobrinhas que haviam no meu corpo. Fui à janela, ninguém na rua naqueles quinze minutos e no quarto o meu marido dormia o sono dos anjos.
    Voltei para me deitar quando ouvi um gemido, dois, vários gemidos. Prestando mais atenção eu pude notar que eles vinham do quarto do casal. Meu Deus será que a Dayse está passando mal? Nua, mas sorrateira, deixei-me esgueirar pelo corredor até o quarto dela. Fiquei ali atrás da porta para entender, se possível a razão de tanto sofrimento. Mais gemidos, agora altos. Percebi, então, que Alex e a esposa transavam voluptuosamente. Voltei correndo, sem fazer barulho, para o meu quarto e tentei dormir, mas que nada. Estava muito curiosa e excitada para consegui-lo. Então, pé, ante, pé, voltei para ouvir e quem sabe, ver pelo buraco da fechadura o que ali acontecia. Infelizmente alguma coisa pendurada na chave do outro lado tirava de mim a possibilidade do voyeurismo.
    Tentei a maçaneta e a porta entreabriu. Por uma fresta eu busquei a cama com os meus olhos; la estava ela com o Alex saindo dentre as pernas da mulher para se deixar rolar ao outro lado da cama. A luz era tênue, mas deixava ver o belo corpo da moça e ao lado, aquele moreno forte com os seus 80 quilos bem distribuídos num corpo de 1,85m de altura. Procurei por detalhes e acabei engolindo em seco, eis que sobre a coxa esquerda daquele deus grego amolecia uma belíssima peça de uns vinte e cinco centímetros, senão mais, que nem a penumbra do quarto escondia. Olhei demoradamente aquela imagem e quase em febre voltei para dormir. Não demorou muito e o meu espírito deixou o corpo. Morri, pelo que vi, já que claramente Alex entrava no meu quarto e me beijou a boca. Desceu os lábios até os meus mamilos e os mordiscou de leve. Lambeu descendo ao umbigo e por entre as minhas pernas passava a sua barba rala enquanto eu me contorcia. Queria empurrá-lo para entre as minhas coxas, mas não tinha força, não tinha como obrigá-lo a fazer coisa alguma se tudo o que ali acontecia me deixava louca. Eu tentava abrir os olhos, queria ver a “peça”, aquela obra de arte que certamente tinia, reluzia de duro, mas não tinha como abrir os olhos se o tesão me prostrava embaixo daquele homem. Gozei antes da penetração de sua língua, de sua peça, gozei só de sabê-lo em mim. Num esforço sobre-humano empurrei sua cabeça para baixo, a sua boca para sobre todos os meus lábios, pequenos, grandes, tentei me conter, mas não consegui...
    Urrei como uma leoa, gemi como uma gata e tal qual uma puta eu gritei de prazer acordando todos que ali dormiam, inclusive a mim, que ao sonho me entregara.

    silvioafonso
    O meu lado mulher...




    .

    ResponderExcluir
  3. Somos muito mais do que "coração"!!!!!
    Plenitude!!!!!

    Soninha

    ResponderExcluir


Queridos!

Seu comentário muito me honra!

Sinta-se à vontade para avessar comigo.

Beijos e até.