quinta-feira, 17 de maio de 2012

Instantes.

 Vitalina de Assis.

Tive que segurar-me para não demonstrar certa angústia ou tristeza,
não soube definir ao certo.
Fato é que ando meio assim, meio cá, indefinida.
Sente-se assim de vez em quando?

Mulher deve possuir um véu em alguma parte de sua essência a encobrir certos sentimentos,
e quando um vento meio descuidado e atrevido sopra,
nos desnudam por instantes.

Algumas sentem voar
e outras
recolhidas em si,
buscam um eixo pra se aprumar,
recolhem o véu, se escondem.

Já vivi meus instantes,
voei, caí,
me aprumei,
aqui e ali me escondi.
Hoje mais livre e contida,
ora voo,
ora asas insistentes, fecho

por hora
dicotomicamente
me confundo.

23 comentários:

  1. Belíssimo!

    A nossa vida é como o mar com suas marés...

    Beijos.

    ResponderExcluir
  2. Quando o vento meio descuidado
    E atrevido sopra forte
    Meu corpo ficou quase despido
    Que beleza de mulher, homem com sorte!

    Naquele corpo se perder
    Recebendo o seu calor
    Depois do desejo a prazer
    Nas braços do seu amor!

    Boa quinta-feira
    um beijo
    Eduardo.

    ResponderExcluir
  3. Realmente poético! A vida é cheia de ondas, de vai e vem...
    "Á rigor."


    Uma abençoada noite de quinta-feira.
    Um grande abraço.
    Tati.

    http://tatian-esalles.blogspot.com.br/

    Att.

    ResponderExcluir
  4. Olá Vitalina, que tudo permaneça bem contigo!

    Assim é viver, estar sempre integrado aos instantes que nos são proporcionados. Claro que este iluminado ser que conhecemos pela definição de mulher, é assim um tanto mais especial eu diria, pelas várias fazes a que ela se apresenta diante e, pela vida!

    Parabéns pelo belíssimo espaço, e deixo meus agradecimentos e desejo que você e todos tenham um intenso e feliz viver, abraços e até mais!

    ResponderExcluir
  5. Os voos, quanto mais audazes mais fascinantes!...


    Beijos,
    AL

    ResponderExcluir
  6. Cada dia uma nova história podemos começar, beijo Lisette.

    ResponderExcluir
  7. Un buen poema con sentimientos que también se le pueden aplicar a los hombres. Al menos yo me siento identificado en cierto modo.

    ResponderExcluir
  8. Obrigada por sua visita tão meiga.
    Sempre existirão os momentos esvoaçantes...
    Beijo carinhoso.

    ResponderExcluir
  9. Querida que coisa mais linda!Somos assim sonhadoras.Tudo que fazemos existe muita entrega.Encobrimos sentimentos, mas amamos muito e alçamos grandes voos.
    Seja feliz! Bjs Eloah

    ResponderExcluir
  10. Oi Vitalina!
    Antes de mais nada, obrigada por sua simpática visita.
    Lindo seu poema! Vivemos nesta dicotomia, ora nos mostramos, ora nos escondemos.
    Beijinhos!

    ResponderExcluir
  11. bela a condição feminina!

    Um Um beijo e Paz
    BShell

    ResponderExcluir
  12. .


    Quando a brisa levantou o
    véu de suas vergonhas eu
    cobri os olhos, mas deixei
    a descoberto o sentimento
    que tal fato provocou em
    mim.

    silvioafonso
    Palhaço Poeta.






    .

    ResponderExcluir
  13. Somos dicotômicos sempre, cômicos por vezes. Labaredas seguidas por rachadas de vento. Vendaval e calmaria....mas não Maria que foi com as outras...as outras ficaram e Maria prosseguiu inventando caminhos e moinhos, como Quixote.
    Bj.

    ResponderExcluir
  14. Olá Vitalina.
    Muito obrigada pela sua simpática visita.
    Gostei muito do seu poema. Ele é bem o reflexo da alma feminina, plena de momentos indefinidos. Ora se mostrando desnudando os sentimentos, ora se retraindo. Mas sempre sonhadora e romântica.
    Beijinhos e volte sempre.
    Janita

    ResponderExcluir
  15. A eterna magia feminina onde se escondem todos os mistérios que nem ele própria sabe desvendar...
    E ora voando, ora se escondendo de si e dos outros, não deixa de cada uma ser o complexo de um todo
    indefinido.
    E a beleza é essa: ora mais livre, ora mais contida, são as faces da mesma moeda que vale sempre um tesouro!
    Um enorme abraço minha querida amiga!

    ResponderExcluir
  16. Continua assim... a saberes ser mulher!
    Beijos,

    ResponderExcluir
  17. Oi Vitalina,

    Assim é a natureza da mulher. Somos feitas de fases, como a lua. Enigmáticas ou não, libertas ou não, às vezes confusas. Talvez aí resida a magia de ser mulher.

    Você retratou lindamente a a alma
    feminina.

    Beijo.

    ResponderExcluir
  18. Vitalina, foi prazer pra mim fazer esta visita retributiva com todos os agradecimentos.
    Seu blog é bem bonito e traz textos interessantes, como este que mostra sua interpretação pessoal do fenômeno feminilidade com base na própria.
    "Mulher deve ter um véu..."
    Nosso diálogo interblogal está aberto e, por mim, pode prosseguir indefinidamente.

    ResponderExcluir
  19. Sabe, essa é uma teoria que se encaixa perfeitamente com o que ando sentido ultimamente. Essa do véu. Tem horas que estou tão sei lá, sem nada em específico e tem horas que tudo resolve vir duma vez!
    Tento aprender a lidar com isso, posso dizer que estou controlando melhor, mas totalmente, acho impossivel. rs

    Beijos.

    ResponderExcluir
  20. Lindas,
    (você e a poesia)

    Quero falar com as duas:
    Afinal, vejo claramente a sua criação (da Vitalina) criar vida (a poesia).

    Parabéns!!
    Você, Vitalina, é uma Poetisa Mãe"!
    Seus frutos são deliciosos!
    Inspiradores!!

    Beijos!

    Soninha

    ResponderExcluir
  21. Excelente definição de mulher. Lindo poema.beijos

    ResponderExcluir
  22. A vida e os questionamentos que nos traz. Ora pendemos para um lado, ora para o inverso. Por mais que nos sintamos confusas, seremos sempre únicas, eis que essa dicotomia não é suficiente forte para nos repartir.
    Bjs.

    ResponderExcluir
  23. Muito bom, você escreve bem!
    Um abraçõ

    ResponderExcluir


Queridos!

Seu comentário muito me honra!

Sinta-se à vontade para avessar comigo.

Beijos e até.